quarta-feira, 1 de abril de 2020

Paleolítico Superior


                                                      Vênus de Willendorf - Áustria, 30000 aC


Paleolítico Superior
Idade da Pedra Lascada


 Ao analisarmos a Arte através da história, é necessário que reconsideremos o nosso conceito sobre o que é Arte, pois quanto mais recuarmos no tempo, este conceito terá critérios bem diferentes do que nós entendemos como Arte.
Arqueólogos, cientistas e historiadores, concluíram através de inúmeros estudos, que as pinturas rupestres não foram executadas com a finalidade de decorar as cavernas, mas sim movidos pela necessidade de sobrevivência. Acreditavam que desenhando os animais nas paredes, estariam se apoderando da alma deles, e ao feri-los com golpes de suas armas primitivas, estariam facilitando a caçada, pois o animal estaria já parcialmente dominado. Concluímos assim, que a Arte deste período era realizada com um sentido mágico, para atender as necessidades de vida do homem do paleolítico. Mas estudos recentes, indicam também outra teoria: que as pinturas rupestres foram feitas por jovens nômades, que ansiosos em deixar registros de sua época, adentravam em cavernas para pintar, como jovens hoje em dia grafitam as paredes em nossas cidades, como defende o paleontólogo americano Russel Dale Guthrie (revista Época, 27 de Novembro de 2006, pag.76/77).



                                        Cavalo e Arouque- Caverna de Lascaux - França, 15000/10000 aC


                    Bisontes - Caverna de Altamira - Espanha, 15000/10000 aC

Utilizando materiais como terra vermelha, marrom e ocre, carvão, gordura animal e sangue, o artista primitivo desenhou de forma precisa e naturalista animais que certamente tão bem ele conhece.
O homem no paleolítico era nômade, vivia de caça e coleta, utilizava o fogo, tinha instrumentos de pedra, marfim, osso e madeira, e aos poucos foi desenvolvendo técnica aprimorada para esculpir figuras femininas, em geral pequenas para facilitar no transporte.
Neste período as imagens masculinas são raras, ao contrário das femininas esculpidas com as formas avantajadas, como a "Vênus de Willendorf " acima, que segundo os historiadores eram utilizadas para cultos de fertilidade. O nascimento de uma criança era algo crucial para o homem deste período, portanto a importam cia de uma mulher gravida era crucial, talvez até magico, o que culminou em diversas estatuetas espalhadas pelos sítios arqueológicos do Paleolítico Superior.


Mão delineada - Caverna de Perche Merle - França

Analisando a foto acima, podemos observar o provável processo que o artista do Paleolítico Superior passou para executar um dos primeiros grafites da história da arte. Colocando pó de terra vermelha em algo parecido com um canudo, assoprou várias vezes antes de delinear uma mão pelo vermelho de sua "tinta" nas paredes úmidas de uma caverna. Depois de ter dominado esta técnica muito bem, passou a pintar animais.
Utilizando materiais como terra vermelha, marrom e ocre, carvão, gordura animal e sangue, o artista primitivo desenhou e pintou com nuances de cor de forma precisa e naturalista animais que certamente tão bem ele conhece.

Fonte de consulta de todas as postagens acima:

-A HISTÓRIA DA ARTE
Gombrich, E. H
Editora LTC -

- HISTÓRIA DA ARTE
Proença, Graça
Editora Ática

- Site- www.historiadaarte.com.br/linha do tempo

Fotos: reprodução.





Neolítico Superior


Ferramentas neolíticas utilizadas na lavoura



                                               Neolítico Superior
                                               Idade da pedra polida
 Neste período se deu grandes mudanças e também foi chamado de Revolução Neolítica, dada a importância das grandes mudanças efetivas no período. Além do surgimento da agricultura, cerâmica,  tecelagem, fabricação de armas e instrumentos de pedras polidas por atrito. O homem substituiu a vida nômade, fixando-se perto de rios e lagos, tornando a vida mais estável, tendo  considerável aumento populacional.
Nasce a divisão de trabalho, o senso de observação dá lugar à atividade mental e a reflexão. O caçador dá lugar ao camponês e agricultor.
As transformações na Arte foram profundas, o naturalismo deu lugar ao estilizado e resoluções geométricas, onde seres humanos, animais estilizados e atividades cotidianas passaram a ser a tônica da época. A utilização das cores também mudou, poucas cores foram utilizadas no Neolítico em detrimento à palheta de cores diversificadas do Paleolítico Superior.





A transição do homem do paleolítico superior aos avanços do neolítico foi lenta e gradativa. Ciente da necessidade de deslocamento para acompanhar manadas e a reposição natural dos frutos e raízes por ele colhida, o homem passou a prestar atenção nas épocas propicias para cada alimento, e aos poucos a compreender o processo da germinação através da semente. Conseqüentemente, passa também a organizar manadas de animais, dominando aos poucos técnica do pastoreio, apesar de ainda caçar, o faz com menor freqüência.
Com isso lentamente o homem começa a fixar-se perto de rios e lagos, organiza o trabalho, a família, estrutura a comunidade da qual faz parte, e produz mais alimento do que pode consumir, e neste momento é que aparece os primeiros indícios de um comércio, onde provavelmente a troca de mercadoria entre comunidades distantes vai surgindo, nascendo o livre comércio.
Surge os primeiros indícios de moradias, construídas com placas de pedras ou aproveitando o terreno, escavavam nele e faziam e utilizavam de proteção blocos de pedra para impedir a entrada de indesejáveis.



Cena de provável comemoração ou culto à caça - Neolítico Superior


A Arte se transforma. O artista caçador abandona as imagens naturalistas de animais.
Os desenhos e pinturas ficam mais estilizados, pois o homem adquire a faculdade da abstração. Ele passa a registrar-se nas cenas, que representam o seu cotidiano. Neste momento ele faz a grande descoberta: dar movimento à imagem fixa em um plano.



As esculturas indicam uma preocupação que vai além da estética e do registro do cotidiano. Indicam que o homem neolítico refletia sobre sua própria condição e vida.


Objeto de Pedra Polida


As técnicas se aprimoram, a pedra lascada ganha um novo acabamento: o polimento

Forno a lenha e Cerâmicas Neolíticas



Cerâmica Neolítica



Através da observação, o homem apreende a como fazer a cerâmica. Constroem fornos a lenha e confecciona peças com resoluções abstratas. Surge o que seria no futuro presente, a Arte Utilitária. O homem passa a ter um relacionamento estético com o mundo que o cerca, onde colares, pulseiras, objetos de adorno, se tornam muito apreciados e passam a ter tanta importância quanto a ponta de uma lança ou de uma flecha.

Egito - A Arte Eterna


                               Templo de Philae - Um dos mais primorosos do Egito

    A civilização egípcia foi uma das mais complexas  e importante da Antiguidade, tendo uma Arte  voltada para a vida depois da morte. É através de sua escrita  que podemos hoje saber tantos detalhes desta época. Uma civilização de estrutura social  complexa e com grandes realizações artísticas, que influenciaram civilizações que vieram depois dela, cuja a Arte e  Arquitetura tiveram um papel primordial em seu desenvolvimento, porém estas seguiam piamente os preceitos da religiosos, onde tudo era orientado por ela.                 




A pintura e os baixos relevos, como foi dito, seguiam os preceitos e crenças religiosas, seguindo uma série de regras  que limitavam o artista, fazendo com que ele não exercesse sua criatividade. O melhor artista era o que copiava os estilos anteriores muito bem. Entres as regra que se seguia na pintura e relevos, estava a 'lei da frontalidade', uma invenção egípcia , cuja reprodução não era naturalista, mas que sugerisse a reprodução da realidade, sendo o tronco de frente e braços, pernas, pés e rosto de perfil. As pinturas são chapadas, isentas de perspectiva.


                             
A esfinge de Quéfren e ao fundo a Grande Piramide de Queóps

No campo da Arquitetura também a religião refletiu em seus conceitos,  fazendo de suas maiores realizações na tumbas e construções mortuárias. Enquanto as pessoas sem destaque social eram enterradas em mastabas, sepulturas simples e retangulares, os nobres tinham direito a construções elaboradas e os faraós a obras de um grande cunho arquitetural e artístico, como a piramide de Gizé, que fica nos arredores do Cairo. A palavra piramide não existe no vocabulário egípcio, provem do grego 'pyros' (fogo, luz) e 'midos' (medida).

                           

Necrópole de Gizé com as piramides dos faraós de Queóps, Quéfren e Miquerinos.


                                   Isis, a grande Mãe , amamentando Hórus

As esculturas do Antigo Egito, tiveram um lugar relevante em sua história. Trabalharam em materiais perenes legando para a posteridade obras de grande valor cultural, que influenciou artistas nos séculos vindouros, como esta acima, cujo tema mãe e filho influenciou até mesmo a mitologia do catolicismo. A deusa Ísis foi retratada em diversas esculturas, com e sem o filho Hórus.

                                                 

                    Ísis amamentando Hórus. A Virgem amamentando o menino Jesus.




             Escriba sentado (2.500 a.C.)    Museu do Louvre, Paris

As esculturas também seguiam convenções religiosas, mas os anônimos escultores conseguiram  desenvolver uma expressividade surpreendente, como podemos observar na obra acima. O Escriba em pleno trabalho nos mostra uma peça bem composta, de anatomia praticamente perfeita, onde sua fisionomia, traços raciais e condição social. A qualidade da obra é tão grande, que fica a discussão se não seria um príncipe pela qualidade técnica do trabalho. Este trabalho realizado no Antigo Império, foi sem dúvida muito melhor do do que os realizados no período seguinte, o Médio império. A arte voltou a utilizar os rigores do conservadorismo e convencionalismo, produzindo obras idealizadas, estereotipadas, cujas aparências não eram uma idealização da realidade e não correspondiam com as imagens reais. O povo egípcio  foi um dos mais complexos da Antiguidade, sua arte e arquitetura, apesar de seguirem regras religiosas, foi de uma grandiosidade sem precedentes, legando para a posteridade obras que imortalizaram o poder dos faraós e do esforço coletivo humano.
                                


                                                 Cadeira, uma invenção egípcia.




                                                   Colar com pedras lapidadas e ouro




  Maquiagem, que segundo a Físico-Quimica, Dra Inêz Joeques, da UNICAMP, é uma invenção egípcia., a 'kohl', usada até hoje para sublinhar os olhos escurecer as sobrancelhas.



Arte Grega Antiga




Ao analisarmos a arte através da História, percebemos o quanto ainda hoje, no século XXI, temos profunda influência das grandes criações artísticas da Antiguidade Clássica, mais precisamente da arte Grega.
Ao contrário dos egípcios, para os quais a arte era um instrumento a serviço da religião e as mudanças artísticas não eram bem vindas, visto que sua forma de representação artística ficou praticamente imutável durante 3000, os gregos fizeram de sua arte um motivo de júbilo à vida presente, uma arte ligada à vida e a inteligência, cujas descobertas e avanços técnicos relacionados à arte eram bem vindos e estudados pelos artistas a fins de supera-los e aprimora-los, fazendo com que cada vez mais se superassem na representação humana. Infelizmente a maioria das esculturas originais gregas , não chegou até nossos dias, pois com a vitória do cristianismo, era considerado piedoso destruir as estátuas que representavam deuses pagãos. Hoje vemos cópias que artistas romanos confeccionavam para fins de venderem como souvenir ou decoração de jardins e banhos públicos.
As primeiras esculturas, do período arcaico, chamadas de Koiros (homem jovem) e Koiras (mulher jovem) eram sem movimento, a não ser pelas pernas que estão uma na frente da outra. Se tratavam de esculturas simétricas, dispostas em posição frontal cujo peso é distribuído igualmente nas duas pernas. Neste período as mulheres eram representadas somente vestidas e os homens nús.


Doríforo, o condutor de lança - Policleto

O artista grego baseou-se na natureza para desenvolver sua sua arte. A cada conquista, uma nova descoberta estaria por vir pois não obedeciam a reis ou a sacerdotes, sendo livres para criarem, e a cada grande obra feita, outro artista iria acrescentar algo em uma próxima, melhorando o aspecto, apurando a forma.
Assim em poucos anos a arte grega chegou a um novo momento, o Período Clássico, onde a escultura ganhou movimento e definição igual ou melhor do que a imagem do próprio homem. A representação das esculturas cada vez mais tornam-se perfeitas, e com a beleza idealizada em favor da perfeição , as obras cada vez mais assemelham-se à perfeição.
Policleto autor entre outras esculturas de o Doríforo, foi de grande importância no desenvolvimento escultórico de figuras masculinas durante alguns séculos, pois seu condutor de lança foi considerado o modelo ideal de beleza, onde o artista a aplicou sua teoria de composição baseada em uma divisão de proporção para a figura humana de sete cabeças e meia de altura. O resultado foi uma das peças mais equilibradas da história da arte.


Hermes Segurando Dionísio - Praxíteles, por volta de 360 aC



Cópia romana da Vênus de Cnido de Praxíteles

O grande mestre Praxíteles acentuou em suas peças o movimento, caracterizado por um "S" conferindo em suas obras movimento e harmonia à composição. Porém o seu maio feito foi a criação da primeira escultura feminina nua, até então confeccionadas somente vestidas.
A Vênus de Cnido de Praxíteles, foi uma das obras mais cobiçadas na antiguidade. Na cidade de Cnido onde foi instalada de modo que o observador a visse de todo os ângulos, e houve uma verdadeira invasão de visitantes querendo conhecer a estátua da deusa nua, mais tarde conhecida as cópias como Vênus pudicas, com ligeiras mudanças na composição, menos na mão direita que esconde que esconde suas genitais.
O escultor mais famoso deste período é Fídias, que decorou o Partenon com as mais belas obras do Mundo Antigo. Infelizmente após a vitória do cristianismo, suas obras foram dizimadas, pois acreditava-se que exerciam influência sobre quem as contemplassem. Estavam certos, pois a beleza de suas obras era de tamanha grandiosidade, que acreditavam que a escultura Atena de Partemos, tinha poderes miraculosos. Hoje tudo que temos é uma cópia romana fora da escala da original, que nos dá uma remota idéia de sua beleza.


                                         

                                           Statue of Athena: The Parthenon, Nashville, 2004 | Nashville… | Flickr


Laocoonte e Seus Filhos - Escola de Rodes, 42/20 aC

O Grupo Laocoonte ou Laocoonte e seus filhos é atribuída a tres escultores da ilha de Rodes, demonstra o apogeu do Período Helênico da escultura grega , onde passaram a ser representadas em grupos de figuras e não somente uma, como no Período Clássico e Arcaico. Com o passar dos anos esta obra ficou perdida, soterrada e somente no Renascimento é que foi redescoberta causando uma grande sensação em Roma e depois pela Europa.






Cerâmica grega - por volta de 530 aC


A pintura grega é representada nas peças de cerâmica, onde uma influência da arte egípcia pode ser notada em várias obras, com figuras rigorosamente mostradas de perfil, porém com algumas mudanças, ficando claro a busca do artista por maior realidade na representação. Foi o início de uma busca técnica que alcançaria resultados surpreendentes no futuro.
Os pintores começaram a dar mais atenção ao que viam, do modo como viam, passando aos poucos a mudanças que acarretariam grande inovação nas representações artísticas: o escorço (desenho ou pintura em perspectiva, mostrando o corpo ou partes dele do mesmo modo como podemos visualiza-lo só que em escala menor ou maior).
A descoberta não fez os artistas gregos esquecerem as técnicas egípcias, mas continuaram na sua busca a uma expressão cada vez mais perfeita.



Partenon de Atenas - 472 aC - Grécia

Cópia americana do Partenon - século XX

Os gregos utilizaram as tres ordens de colunas em suas construções: a dórica, a mais simples e robusta, relacionada com o masculino. A Jônica, com seu fuste mais fino, graciosa e feminina, com volutas no capitel, e a Coríntia, a mais complexa das tres, sugerindo poder e ostentação, cujo capitel simétrico é decorado com folhas de acanto, planta originária da Grécia.



Partenon de Atenas - 472 aC - Grécia



A arquitetura grega sobressaiu-se nas construções de próprios públicos e templos, sendo o Partenon talvez o maior em termos de construção e realização artística, uma vez que o encarregado pelas esculturas foi Fídias, considerado o maior escultor da antiguidade clássica. O pouco que resta de suas obras, nos dá idéia do poder do mestre em relação as criações tridimensionais, baixos e altos relevos.
Após a vitória dos atenienses em expulsar os a invasão dos persas, Péricles , estrategista e político grego, encarregou o maior escultor da antiguidade clássica, Fídias, de executar as esculturas que iriam decorar o grande templo Partenon, além da grande escultura de Atena Pártenos, de 11 metros de altura , construída de madeira toda recoberta de materiais preciosos, como ouro, pedras preciosas e marfim.
Os templos gregos eram simétricos, de proporções matemáticas precisas e construídos com uma pedra das mais utilizadas na Antiguidade Clássica, o mármore.
Os gregos utilizaram as tres ordens de colunas em suas construções: a dórica, a mais simples e robusta, relacionada com o masculino. A Jônica, com seu fuste mais fino, graciosa e feminina, com volutas no capitel, e a Coríntia, a mais complexa das tres, sugerindo poder e ostentação, cujo capitel simétrico é decorado com folhas de acanto, planta originária da Grécia.

Arte Romana Antiga




A antiguidade Clássica foi marcada por duas grandes civilizações, a primeira grega, a segunda romana.
Segundo a lenda um dos gêmeos alimentados pela Loba Capitolina, Rômulo, foi o fundador de Roma. Na verdade segundo os historiadores, a data mais provável para sua fundação é por volta do século VIII aC.
Os romanos herdaram grandes conhecimentos do período helênico do povo grego no campo da arte, e do povo etrusco conhecimento relacionado à arquitetura. Dotados de grande senso de praticidade, e possuidores de uma ótima estrutura militar e técnicas precisas de engenharia e arquitetura, possibilitado aos romanos a construção de estradas, fortificações, aquedutos, pontes e uma organização social que incentivou o desenvolvimento artístico, fazendo que apreciadores de arte e turistas visitassem Roma para conhecer um pouco de sua História e Cultura.







Ao contrário dos gregos, a arquitetura romana desenvolveu-se a ponto de influenciar as construções até o final do século XVIII dC, com poucas inovações no uso de arcos e abóbadas em igrejas, prédios públicos e mansões.
De todas grandes construções romanas, a dois edifícios que se destacam na cidade de Roma. O primeiro, o Coliseu, um anfiteatro construído em 70 dC com 48,5 metros de altura, o equivalente a um prédio de 15 andares, tinha a capacidade para 50000 pessoas por espetáculo, tendo demorado por volta de 10 anos para ser construídos e foi utilizado por 500 anos, até o século VI.



A construção do Coliseu foi uma inovação no período, pois o arquiteto que o projetou, utilizou as 3 ordens arquitetônicas de templos gregos: a ordem dórica para o 1º andar, a jônica para o 2º andar e para o 3º e 4º andar a ordem coríntia. A utilização de arcos sobrepostos possibilitou um grande avanço: a construção de auditório, espaço destinado aos espectadores, da mais baixa até a mais alta condição social, com lugares destinados que, quanto mais próximo da arena, mais proeminente e importante era o cidadão.







Mas a arquitetura romana estendeu-se a variadas formas de utilização, além dos aquedutos, estradas, casas de banho, prédios públicos, foram construídas as basílicas ( prédio para atos comerciais e do governo) que posteriormente foram oferecidas aos cristãos, sendo estas as primeiras construções utilizadas como igrejas.




O Panteão ( Pan= todos, Théus= Deus) de Roma, é uma construção particularmente importante. Além de ser o único templo do período greco-romano ainda inteiro, foi construído com o intuito de reunir todos os deuses do império romano, em um só culto e sacerdote.


Os romanos não tinham como objetivo a construção de templos simétricos como os gregos, com lados iguais assim como a frente e os fundos também. Em geral, construíam a entrada na fachada principal, o que tornava a fachada principal bem diferente da parte de traz do templo, assim como também dos lados.



Os romanos apreciavam muito a pintura, e hoje a maior parte das que conhecemos são da cidade de Pompéia e Herculano, soterradas pela erupção do Vesúvio, em 79 dC.
Eles decoravam o interior de casas com pinturas que criavam a ilusão que ampliavam os cômodos, como janelas em que se apreciava as belezas da natureza, ou temas com naturezas mortas ou até mesmo retratos dos donos da casa.




A escultura romana desenvolveu-se pela migração dos artistas gregos às cidades do Império Romano, porém eles assimilaram a praticidade do povo romano em relação à arte. Os romanos se influenciaram nas esculturas gregas do período helênico, porém não idealizavam a beleza (no período helênico os gregos estavam se afastando da idealização da beleza, que foi muito utilizada no período clássico), fazendo um retrato da realidade.



                                                      Imperador  Augusto Prima Porta



                                                         Mosaico em calçada romana

O mosaico foi outra técnica que os artistas romanos foram mestres, criando de grandes painéis para decorar paredes, barras decorativas e até pisos decorados com a arte musiva (palavra que designa a arte de mosaico). Durante todo o período de arte bizantina, o mosaico foi a técnica mais utilizada nas construções da Igreja Católica, sendo uma técnica até hoje muito utilizada para a decoração

Arte Primitiva Cristã


Placa com símbolo cristão identificando local de encontro de culto em entrada de catacumba - Catacumba romana.



Símbolo preferido dos cristãos para representar Jesus: o peixe e o pão

A Arte primitiva Cristã teve seu início na fase catumbária. O nascimento de Jesus Cristo desencadeou grandes mudanças no Império Romano, com o surgimento de uma nova religião impondo suas crenças fazendo com que o poder romano sentisse ameaçado, iniciando a perseguição a Jesus Cristo e aos cristãos que O seguiam.