quinta-feira, 19 de março de 2020

Egito - A Arte Eterna


                               Templo de Philae - Um dos mais primorosos do Egito

    A civilização egípcia foi uma das mais complexas  e importante da Antiguidade, tendo uma Arte  voltada para a vida depois da morte. É através de sua escrita  que podemos hoje saber tantos detalhes desta época. Uma civilização de estrutura social  complexa e com grandes realizações artísticas, que influenciaram civilizações que vieram depois dela, cuja a Arte e  Arquitetura tiveram um papel primordial em seu desenvolvimento, porém estas seguiam piamente os preceitos da religiosos, onde tudo era orientado por ela.                   




A pintura e os baixos relevos, como foi dito, seguiam os preceitos e crenças religiosas, seguindo uma série de regras  que limitavam o artista, fazendo com que ele não exercesse sua criatividade. O melhor artista era o que copiava os estilos anteriores muito bem. Entres as regra que se seguia na pintura e relevos, estava a 'lei da frontalidade', uma invenção egípcia , cuja reprodução não era naturalista, mas que sugerisse a reprodução da realidade, sendo o tronco de frente e braços, pernas, pés e rosto de perfil. As pinturas são chapadas, isentas de perspectiva.


                               
A esfinge de Quéfren e ao fundo a Grande Piramide de Queóps

No campo da Arquitetura também a religião refletiu em seus conceitos,  fazendo de suas maiores realizações na tumbas e construções mortuárias. Enquanto as pessoas sem destaque social eram enterradas em mastabas, sepulturas simples e retangulares, os nobres tinham direito a construções elaboradas e os faraós a obras de um grande cunho arquitetural e artístico, como a piramide de Gizé, que fica nos arredores do Cairo. A palavra piramide não existe no vocabulário egípcio, provem do grego 'pyros' (fogo, luz) e 'midos' (medida).

                             

Necrópole de Gizé com as piramides dos faraós de Queóps, Quéfren e Miquerinos.


                                   Isis, a grande Mãe , amamentando Hórus

As esculturas do Antigo Egito, tiveram um lugar relevante em sua história. Trabalharam em materiais perenes legando para a posteridade obras de grande valor cultural, que influenciou artistas nos séculos vindouros, como esta acima, cujo tema mãe e filho influenciou até mesmo a mitologia do catolicismo. A deusa Ísis foi retratada em diversas esculturas, com e sem o filho Hórus.

                                                   

                    Ísis amamentando Hórus. A Virgem amamentando o menino Jesus.




             Escriba sentado (2.500 a.C.)    Museu do Louvre, Paris

As esculturas também seguiam convenções religiosas, mas os anônimos escultores conseguiram  desenvolver uma expressividade surpreendente, como podemos observar na obra acima. O Escriba em pleno trabalho nos mostra uma peça bem composta, de anatomia praticamente perfeita, onde sua fisionomia, traços raciais e condição social. A qualidade da obra é tão grande, que fica a discussão se não seria um príncipe pela qualidade técnica do trabalho. Este trabalho realizado no Antigo Império, foi sem dúvida muito melhor do do que os realizados no período seguinte, o Médio império. A arte voltou a utilizar os rigores do conservadorismo e convencionalismo, produzindo obras idealizadas, estereotipadas, cujas aparências não eram uma idealização da realidade e não correspondiam com as imagens reais. O povo egípcio  foi um dos mais complexos da Antiguidade, sua arte e arquitetura, apesar de seguirem regras religiosas, foi de uma grandiosidade sem precedentes, legando para a posteridade obras que imortalizaram o poder dos faraós e do esforço coletivo humano.
                                


                                                 Cadeira, uma invenção egípcia.




                                                   Colar com pedras lapidadas e ouro




  Maquiagem, que segundo a Físico-Quimica, Dra Inêz Joeques, da UNICAMP, é uma invenção egípcia., a 'kohl', usada até hoje para sublinhar os olhos escurecer as sobrancelhas.